Entre paredes, na escuridão
Um gosto amargo, tremor nas mãos
Um breve repasse por toda a vida
E a cada compasso, se perde o coração
A efígie pálida que me apresento
Eis meu degredo, meu sofrimento
A dor se cala e cessa o sexo
Sem devaneios, morre o poeta
Já não importa o sopro do inverno
Nem o dualismo, céu e inferno
Jaz este corpo. Não me abriga mais
Resta o amor, amor real
Deixo o amor, amor real
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