Vestígios de um viver
Vivência num absurdo
Na frase não dizer
Passado que está surdo
Perguntas tu porquê
Pergunta que eu faço
No espelho onde se vê
O teu rosto já baço
Porquê perguntas tu
Porquê pergunto eu
Neste retrato a nu
Fundo, de escuro breu
Espelho nos sentidos
Um volto mais além
Nos minutos vividos
No tempo de ninguém
O teu repetir
Repetindo eu também
Tu deixas-te de vir
E a saudade vem
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