Sou feita de vento, de fogo de aço Não me perturbo, mau tempo do tempo renasço Entre matas, estradas e bambuzais Eu passeio onde ninguém vai Minha mãe me ensinou A ser brisa quando puder E também me deu A valentia, de mil búfalos em uma mulher Me faço no tempo Na sombra do espaço Meu caminho não é lento Sou impulso Sou rastro Os raios nos céus são portais Que me levam Onde ela está Minha mãe me ensinou A ser brisa quando puder E também me deu A valentia de mil búfalos em uma mulher Oyá, borboleta Yansã, minha rainha Oyá, borboleta Sua força também é minha Oyá, borboleta Yansã, minha rainha Oyá, borboleta Tua força também é minha Oyá Tua força tem nove mistérios Oyá Em tua essência divina eu me entrego Oyá O teu canto que corre no vento Fazendo o tempo parar Oyá Com você me envolvo nessa dança Oyá O teu fogo renova esperança Oyá Tempestade, rajadas de vento Força que faz transformar Agradeço o seu amor minha mãe Eu saúdo todos os dias A oportunidade de nessa vida Ser a tua filha, a tua protegida, a tua menina E ter a tua força dentro de mim É honra em todas os momentos de batalha Salve os ventos de Yansã Oyá, borboleta Yansã, minha rainha Oyá, borboleta Sua força também é minha É que eu sou filha do vento e não me rendo ao mau tempo