Louco, louco, louco Que nem uma besta, que nem uma coisa Sem um centavo pra poder argumentar Duro, duro, duro Que nem a madeira, que nem a cobiça Nem lembrava o gosto de se privar Só, só, só Que nem uma viga, que nem a carniça Ninguém mais ousava telefonar E ele lembrou Do seu trenó Encheu a cara e dançou Se declarou pro garçom Tava na mão do palhaço Avacalhou Malcolm X Falou bem mal do triplex Foi retirado no braço Andou até o Leblon Subiu no pé do canal E ameaçou se jogar Uma bandinha passou Vendo que a birra gritou Olha o coroa bebaço! É Carnaval E a pipa do vovô não sobe mais Não, não, não Pobre, pobre, pobre Que nem o mendigo, que nem o falido Não sabia como se comportar Triste, triste, triste Que nem o palhaço, que nem o marido Mas vaiado não dava pra se matar Louco, louco, louco Que nem uma besta, que nem uma coisa Desistiu do boço se lamentar E se juntou À procissão Encheu a cara e dançou Sobre a pipa do vovô Tava na mão do palhaço Quando a Mangueira cantou De Marieles, malês Subiu os pelos do braço A pipa do vovô não sobe mais Não, não, não