Quando o rio transborda em seu leito
Não há outro jeito, senão inundar
E alagar as ruas da cidade
Correr o passo no rumo do mar
Segue sem volta, levando, arrastando
Tudo que vê pela frente
É feito uma ciranda
Que quando desce a ladeira
Leva o povo inteiro
A dançar, cirandar
Seja alegria, ou tristeza
Transborda pra não voltar
Quando não cabe no peito
A saudade acha um lugar
Corre, escorre pelos olhos
Feito um rio que nunca
Vai encontrar com o mar
Cirandê! Cirandá! Deixa o rio desaguar!
Cirandê! Cirandá! Deixa o rio correr pro mar!
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