Caminhando descalço na imensidão da areia do mar dos lençóis
Eu não consigo conter a emoção que embarga a minha voz
Dentro de mim atravesso continentes latinos a nado
E desembarco num caís de um porto seguro e encantado

Sou um viajante que vive em busca de si mesmo
Galopando em meu cavalo lendário nas dunas a esmo
E o vento que traz a poeira do meu triste passado
É o mesmo que sopra o alivio no meu peito machucado

Meu fardo pesa n'alma
Só eu sei o que estou sentindo
Há tantas pedras no caminho
Há tantas pedras no caminho

Mas minha fé inabalável
Reconstrói minhas ruínas
Meu destino eu vou cumprindo
Meu destino eu vou cumprindo

Caminho entre construções antigas das montanhas andinas
Meus olhos brilham diante dos tesouros sagrados das nossas ruínas
Eu tenho a sensação de que estou voltando a um lugar já conhecido
Reato laços com os meus pedaços que ficaram para trás perdidos

O deserto à noite, tão gélido, é frio, divino e mágico
As estrelas beijam o horizonte de ponta a ponta e tudo se clareia
Diante do luar fico admirando o infinito, bobo e estático
Ao constatar que na verdade somos um grão de areia no espaço

Meu fardo pesa n'alma
Só eu sei o que estou sentindo
Há tantas pedras no caminho
Há tantas pedras no caminho

Mas minha fé inabalável
Reconstrói a minha sina
Meu destino eu vou cumprindo
Meu destino eu vou cumprindo

E nessa fascinante viagem
Pra dentro do meu próprio interior
Reconecto-me com minha verdade
Liberto das mentiras que o mundo contou
Sinto imensa felicidade
Ao descobrir que eu sou
Meu próprio amor