Num velho pé de paineira
Lá na beira do caminho
Tem um sabiá em seu ninho
Ao lado da companheira
Porque ave é um passarinho
Ai, ai, ai, ai
Mas ela sem consciência
Desprezou a residência
Deixando ele sozinho
Toda a tarde ele gorjeia
Vendo o morrer do Sol
E sozinho ele passeia
No galho em seu redor
Seu ninho é uma triste aldeia
Onde ele vive tão só
Ai, ai, ai, ai
Olhando pro céu escuro
Lembrando um coração duro
Que dele não teve dó
Não sei se você lembra, ingrata
Ou talvez já se esqueceu
E essa história retrata
O triste romance meu
A dor também me maltrata
Depois do desprezo teu
Ai, ai, ai, ai
O nosso velho ranchinho
Representa aquele ninho
O passarinho sou eu
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